O município de Benjamin Constant, distante da capital do Amazonas 1.118 km em linha reta e 1.621 km por via fluvial, localiza-se no meio da selva amazônica, à margem direita do Rio Solimões e faz fronteira com o Peru.
Essa região fronteiriça enfrenta há décadas uma estagnação econômica que foi construída pela proibição do extrativismo vegetal: a madeira, pelo processo demarcatório de terras indígenas, que culminou com o deslocamento de centenas de famílias para os centros urbanos dos municípios, as quais desenvolviam culturas vegetais e extraiam madeira às margens dos rios. Impensado pelos atores políticos da época, essas famílias enlargueceram os índices de trabalhadores no subemprego e na marginalidade econômica.
Diante desse panorama, investir na educação, vista como um direito social, passou a ser considerada uma saída preponderante para o enfrentamento às realidades sociais econômicas locais, as quais são somadas ainda às peculiaridades culturais e geográficas, como: educação para a fronteira, educação indígena e educação do campo.
A adesão do Governo do Estado e da Prefeitura ao Programa GESTAR II visa aplacar essa condição social, assim como oferecer formação continuada aos professores e subsídios capazes de promover a educação com qualidade, voltada para a necessidade da construção do conhecimento. Através dessa nova metodologia, democrática pela possibilidade de contextualização da aprendizagem, significativa pelo construtivo conteúdo e articulada pelas diversas formas de pensar o saber, necessária do ponto de vista didático e pedagógico, busca pela sua relevância desenvolver em cada aluno a liberdade de pensar, construir o pensamento crítico e desenvolver a autonomia intelectual.
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